sábado, 18 de julho de 2015

Morfologia Vegetal



Morfologia  Vegetal

  É o ramo da botânica que estuda  as formas e estruturas das plantas, sendo de grande importância em áreas tão diversas como a sistemática ou fisiologia. Também é considerada uma das disciplinas mais difíceis, até mesmo pelos próprios botânicos profissionais.
  Dentro da biologia, a botânica é uma das áreas de maior rejeição entre os alunos  e certamente, a morfologia vegetal é uma das maiores culpadas. Uma das prováveis explicações  para isso é que  as plantas são poucos compreendias, talvez por seus processos biológicos básicos ocorrerem em uma escala temporal tão dilatada que não somos capazes  de percebê-los.
Entretanto muito de tal rejeição deve-se à estranha terminologia usada para denominar formas e padrões, tão fortemente  impregnada  de helenismo e  latinismos. 
Ao contrário dos animais, as plantas não possuem partes exatamente correspondente as nossas, como
pernas e estômagos. Isso torna-se mais entusiasmada de descrever uma planta em um esforço de erudição. Por outro lado, as plantas exercem algum fascínio na maioria das pessoas, seja por suas propriedades alimentícias, medicinais ou mesmo pelo seu apelo estético. Simplesmente evitar tal terminologia somente tornaria a botânica inacessível ao estudante, bloqueando seu acesso ao conhecimento adequado de uma parcela significativa do mundo natural.


A aurora da Morfologia

Nomear partes de uma planta é uma tarefa recorrente e atemporal em toda e qualquer cultura humana,
principalmente pela necessidade de discriminar as partes usadas como remédios, alimentos etc.
Entretanto, o início da formulação da terminologia descritiva em plantas coube ao filósofo grego Teofrasto de Ereso ( 378-287 a. C ), discípulo de Aristóteles e comumente denominado pai da Botânica. A ele coube a primeira descrição completa de vários vegetais conhecidos na época, utilizando palavras comuns do vernáculo grego. Ocasionalmente cunhava novos termos. A origem do termo pericarpo ( tecido que compõe a parte do fruto) é um exemplo que remonta ao processo criativo de Teofrasto.

Grande parte da morfologia atualmente utilizada teve suas bases na Philosophia botanica de Linnaeus
(1751). Tal obra, escrita em um latim acessível, lançou as bases da morfologia moderna.
Apresentava-se na forma de organografia, tendo sida reeditada várias vezes. As estruturas descritas
( e muitas delas ilustradas) já eram apresentada divididas em partes vegetativas e reprodutivas, e ocasionalmente grupos taxonômicos onde tais estruturas poderiam ser encontradas eram citados.

Plantas Vasculares: São plantas que apresentam-se vasos condutores que levam água e sais minerais e outras substâncias para as partes do vegetal. Nas plantas vasculares exite um duplo sistema de condução de água e solutos que localizam-se no interior da planta. Esse sistema utiliza tecidos especializados que organizam-se em feixes condutores.
Está localizado em todos os órgãos das plantas e da sua contribuição fazem parte 2 tecidos:
Xilema e Floema.

Plantas Avasculares: Não apresentam-se tecidos condutores de seiva bruta, ao contrário das vasculares que apresentam. Exemplo: os musgos, xaxim.
São portanto organismos com estruturas e organização bem simples.


Plantas  Vasculares





Plantas  Avasculares







Morfologia  Vegetal  Organografia e Dicionário ilustrado  Morfologia de Plantas Vasculares


Autor:   Eduardo G.  Gonçalves    Harri   Lorenzi


 Morfologia é a descrição da forma de uma planta.

Fisiologia é o estudo das funções orgânicas de um vegetal.

Outros exemplos de plantas vasculares



Samambaias




As  Avencas


Morfologia externas das plantas angiospermas

Angiospermas ( São os vegetais mais desenvolvidos que existem, apresentam-se várias características que os diversifica para com os outros, são vegetais traqueófitos ( vascularizados), fanerógamos 
( possuem órgão reprodutor visível, flor) espermatófitos ( possuem sementes, além de esporos). desenvolvem-se tubo polínico importante para reprodução, desenvolvem-se um sistema de simbiose entre vegetal e animal para a reprodução ( polinização por pássaros, morcegos, insetos) apresentam-se frutos, isso torna-se a característica mais relevante para diferenciação vegetal das angiospermas.
Todas as plantas que apresentam flor e fruto são angiospermas.

Gimnospermas: São do  segundo filo mais desenvolvido dos vegetais. Foram os primeiros a apresentar polinização através de sacos aéreos e apresenta núcleo espermático.
Possuem características muito parecida com o das Angiospermas, porém só diferenciam-se no seu ciclo reprodutivo e são chamados de estróbilos. ( é um grupo que não depende da água para a reprodução, mas depende do vento.
As Gimnospermas são plantas mais rústicas, mas adaptadas a ambientes frios, sendo que sua polinização é adaptada para acontecer através do vento. Não produz frutos, apenas sementes nuas.

Angiospermas:São frutíferas, são as plantas mais recentes evolutivamente e tem grande número de espécies ( aproximadamente 230 mil). A polinização de suas flores ocorrem por diversos fatores, insetos, pássaros, vento, água.  É dividida em 2 grandes grupos: Mono e Dicotiledôneas, que diferenciam-se quanto ao números de cotilédones.



Organização geral de uma planta

O corpo da maioria das plantas angiospermas é dividido em duas partes principais, uma localizada no sub solo, constituída pelas raízes e outra aérea, constituída pelo caule, folhas, flores e frutos.
O caule, folha, fruto, flores por sua vez dependem da água e dos sais minerais absorvidos pelas raízes.




Raiz

As raízes foram muito importante na história evolutiva das plantas. Além de permitir a fixação ao solo, as raízes realizam a extração de água e sais minerais que são utilizados por todas as células do corpo vegetal.


Tipos de Raízes


Raízes Tuberosas, respiratórias ou pneumatóforos, tuberosas, aéreas, sugadoras

Raízes Tuberosas: Como as da mandioca e da batata-doce, armazenam reservas alimentares, principalmente na forma de grão de amido, utilizadas durante a floração e a produção de frutos pelas planta. Os agricultores colhem-se essas raízes antes que a planta tenha chance de consumir as reservas armazenadas, utilizando-as na alimentação humana e de animais domésticos.

Raízes respiratórias ou pneumatóforos: São adaptadas à realização de trocas gasosas com o ambiente.
Esse tipo de raiz é encontrado em plantas como a Avicena tomentosa




que vive no solo encharcado e pobre em gás oxigênio dos manguezais.




Raízes  Suportes

Também são chamadas de raízes-escoras, aumentam a base de fixação da planta ao solo. Algumas espécies de árvores possuem raízes tabulares, em forma  de pranchas verticais, que  aumentam a estabilidade da planta e fornecem maior superfície para respiração do sistema radicular.



Raízes  Tabulares


Raízes Aéreas


São características de plantas epífitas, isto é, que vivem sobre outras plantas sem parasitá-las.
Essas raízes podem atingir vários metros de comprimento antes de alcançar o solo, constituindo os cipós.





Raízes Sugadoras

São adaptadas à extração de alimentos de plantas hospedeiras, sendo características de plantas parasitas, como o cipó chumbo e a erva de passarinho. As raízes sugadoras possuem  um órgão de fixação chamado apreensório, do qual partem finas projeções denominadas haustórios. Eles penetram-se nas plantas hospedeira até atingir os vasos condutores de seiva, de onde extraem água e nutrientes de que a planta parasita necessita para sobreviver.



Cipó Chumbo






Erva  de  Passarinho





Amabis  e  Martho  Biologia dos Organismos  Volume  2


















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