sábado, 9 de janeiro de 2016



Noções de Botânica Reprodutiva


Como em qualquer grupo com reprodução sexuada, o princípio recorrente no processo de polinização em plantas é a possibilidade de realizar a mistura e a recombinação de genomas, aumentando assim a variabilidade genética. Com isso dois processos devem ser, em teoria, evitados a todo custo. O primeiro é a autogamia( isto é quando o pólen  que fecunda o pistilo provém da mesma flor, mas do mesmo indivíduo. Em ambos os processos, independente da origem da flor. está ocorrendo a autofecundação ( gr. autós= a sim próprio; 1 fecundare= gerar). A situação ideal seria então a xenogamia ou alogamia ( xenós=estrangeiros; gr. állos=outro; gr. gamein=casar), isto é, a polinização por um grão de pólen que tenha sido produzido por um segundo indivíduo, gerando uma verdadeira fecundação cruzada. A questão é para a planta que produz estruturas de dois sexos, garantir a xenogamia é uma questão problemática, que demanda uma série de adaptações.


Uma situação básica esperada em uma flor que desenvolve as estruturas masculinas e femininas ao mesmo tempo e que está sujeita a um único evento de antese é a homogamia ( gr. homoiós=igual; gamein=casar), isto é, quando o androceu e o gineceu torna-se receptivo primeiro, temos o que chamamos de protogínia ( gr. protos=primeiro; gr. gyné=elemento feminino). Quando é o androceu que amadurece antes, temos a protandria (gr. protos=primeiro; gr. andrós=elemento masculino). Entretanto, é importante salientar que esta estratégia só funciona quando não há sobreposição de atividades, isto é, quando o segundo verticilo reprodutivo torn-se funcional, o primeiro deve ter perdido completamente sua funcionalidade.







Vetores de Polinização


Os grupos mais antigos de plantas vasculares dependiam da água para que seus gametas masculinos alcançassem os gametas femininos. Para tanto, os gametófitos precisavam crescer em locais saturados de umidade, já que os anterozoides precisavam nadar até alcançar a célula ovo. Com a conquista do ambiente terrestre, ocorreu a retenção do gametófito feminino (saco embrionário) no esporófito, e apenas o gametófito feminino( grão de pólen) passou a ser liberado.


Os animais foram envolvidos nesse processo, mas provavelmente insetos que alimentavam-se de exsudatos produzidos para fixar o grão de pólen( ou alimentavam-se do próprio grão de pólen liberado)devem ter carregado alguns desses grão de pólen para o próximo ponto de alimentação, realizado acidentalmente a polinização.


Um dos aspectos de maior sucesso na diversificação das foi a sua associação com animais( notadamente insetos), permitindo o surgimento de uma gama enorme de estratégias e adaptações. 
Nesse ponto a mobilidade restritas das plantas foi prontamente compensada pela possibilidade de utilizar animais no transporte a longa distância do grão de pólen e em última instância, dos genes vegetais. Além disso a capacidade dos animais de selecionar exatamente as estruturas corretas tornou o processo livre de polinizações inviáveis ou inespecíficas. 


Vetores de Polinização

Entomofilia: Segmentado ou cortado, em referência ao corpo dos insetos. É a polinização feita por insetos em geral. O grupo mais utilizado como polinizador são os insetos. Acreditam-se que dois terços das angiospermas atuais são dependentes deste grupo para sua polinização.

Cantarofilia: É a polinização feita por besouros. Eles estão entre os mais conhecidos, mas ainda sabemos pouco sobre esse tipo de polinização. Em geral esse grupo possui vida noturna ou diurna, sempre com um olfato notadamente desenvolvido. Por outro lado sua visão não é considerada a melhor dentre os insetos, apesar de mostrar certa preferência por tons amarelos. Por ter um aparelho bucal adaptado a morder e mastigar, estão mais em busca de partes comestíveis da flor que em busca de fluídos, como néctar. 


Plantas polinizadas por besouros usualmente apresentam cheiros fortes. As cores sempre variam entre o branco e o esverdeado, mas flores em tons brilhantes de amarelo são também comuns.


Falenofilia: É a polinização feita por Mariposa. Mariposa são lepidópteros de hábitos noturnos. Por esse motivo, a visão de contornos é mais eficiente que a visão de cores. Por outro lado, as grandes antenas plumosas são fortemente eficientes para a captação de aromas. A presença de uma probóscide longa permite a busca por alimentos em locais pouco acessíveis. Além disso, esses animais são habilidosos no voo e capazes de manterem-se parados em frente a uma flor durante sua visitação, muitas vezes não demandando sítio de pouso. Pelo mesmo motivo, também possuem metabolismo alto, preferindo flores com néctar abundante.
As flores falenófilas têm antese noturna, permanecendo fechadas durante o dia ou mesmo permanecendo abertas mas sem a produção de aroma ou néctar nesse período. As cores são quase próximas do branco, podendo ser amareladas ou esverdeadas e ocasionalmente com marcas em tons de rosa ou vermelho.


Psicofilia: É a polinização feita por borboleta. Borboletas são lepidópteros diurnos, apresentando com isso vários aspectos diferentes das  mariposas. A visão é considerada boa para cores, com preferências para tons vermelhos. Já a visão para contornos parece ser menos eficiente. Se por um lado as antenas das borboletas não são plumosas e, logo, menos sensíveis para o olfato, por outro lado as patas anteriores das borboletas  possuem receptores olfativos e/ou gustativos, então precisam pousar nas flores antes de desenrolar a probóscide. Em seguida o metabolismo das borboletas também é mais baixo que o das mariposas, demandando menos néctar.



Flores psicófilas apresentam-se antese diurna com flores de cores claras, frequentemente tendendo ao vermelho. Muitas vezes, as flores pscófilas são também visitadas por outros  polinizadores, como abelhas.


Melitofilia: É a polinização feita por abelhas, que são insetos diurnos, com visão bem desenvolvida para cores e especial sensibilidade do amarelo ao violeta, alcançando porções do espectro imperceptíveis para humanos. Geralmente visitam flores pousando sobre elas. A percepção olfativa das abelhas é pouco desenvolvida em relação a outros insetos, mas é suficientemente sensível para uma ampla gama de aromas. A probóscide é curta, mas suficiente para alcançar pontos mais escondidos. são ativas, mas visitam várias flores para obter uma grande quantidade de néctar e pólen, ambos utilizados para alimentar larvas e adultos que permanecem nas colônias.

Plantas polinizadas por abelhas, tendem a apresentar flores amarelas, azuis ou violetas, muitas vezes com marcas ou padrões só visíveis para humanos ou mesmo no espectro ultravioleta, exatamente como nos padrões gerais de coloração.







Sapromiofilia: É a polinização feita por moscas de esterco ou da carne em decomposição. Moscas desse tipo envolvem espécies cujas larvas alimentam-se de matéria animal em decomposição, enquanto os adultos podem alimentar-se de uma ampla gama de matéria orgânica semidecomposta. Por isso tais espécies possuem um olfato bem desenvolvido, reconhecendo qualquer cheiro que indique a presença de uma carne podre. Tendem a ser ativas e caminham bastante sobre o possível substrato na busca por sítios de oviposição ou de fluídos para serem absorvidos.

Flores que atraem tais moscas tendem a ter a coloração escura, variando entre o cinzento, castanho, o vermelho escuro ou a cor púrpura. As flores são usualmente pequenas, mas frequentemente encontram-se associadas em inflorescências congestas e grandes. O aroma pode ser classificado entre o de fezes de mamíferos e o de carne decomposta, quase sempre  liberado durante o dia ou no crepúsculo. 


Mastofilia: É a polinização feita por mamíferos. Eles tornam-se um grupo bem diverso muito depois dos insetos, logo essa síndrome pode ser considerada comparativamente recente. Mamíferos são ativos, mas a mobilidade na maioria dos grupos potencialmente polinizadores é muito mais limitada que nos insetos. Além disso, seu tamanho usualmente é maior que as estruturas florais tradicionais, demandando flores robustas e quantidade suficientes de néctar para sustentar seu corpo de sangue quente. Os mamíferos tendem a ser noturnos e orientam-se principalmente pelo olfato, apesar de muitas vezes term uma visão razoável. Entretanto, até pelo hábito usualmente noturno, são pouco sensíveis a cores.


Quiropterofilia: É a polinização feita por morcegos. São os únicos mamíferos capaz de voar, então essa sua importância como polinizadores é certamente maior. Por ser animais de sangue quente, possuem alta taxa metabólica, demandando bastante néctar. Podem enxergar relativamente bem e até detectar algumas cores, mas seus hábitos noturnos os fazem pouco sensíveis a variações de coloração. As flores tendem a ser claras( verde, branco ou cinzento), mas cores próximas ao púrpura são também comuns. 


Ornitofilia; É a polinização feita por aves. Elas são tão quase recentes quanto os mamíferos no registro fóssil, então a ornitofilia deve apresentar uma adaptação tardia. As aves são normalmente diurnas e fortemente visuais, com boa visão de cores, especialmente na faixa do vermelho. O bico fino e levemente curvo permite alcançar alguns pontos mais difíceis. O sentido do olfato é pouco desenvolvido. As plantas polinizadas por aves tendem a ter cores vivas tendendo-se para o vermelho.


Morfologia  Vegetal de Plantas Vasculares.   Segunda  Edição.

Autor: Eduardo  G. Gonçalves  e  Harri  Lorenzi

Plantarum@plantarum.com.br   www.plantarum.com.br


















































segunda-feira, 27 de julho de 2015

Morfologia Externa da Folha



Morfologia Externa da Folha

As folhas são órgãos adaptados à realização da fotossíntese. As duas principais características que evidenciam tal adaptação são a forma laminar da folhas e a presença de tecidos formados por células ricas em cloroplastos, os parênquimas clorofilianos. 

A forma laminar das folhas faz com que estes tecidos fotossintetizantes fiquem mais amplamente exposto à luz solar.

As folhas tem origem a partir de protuberâncias laterais dos caules denominadas primórdios foliares. 
Na maior parte das angiospermas, as folhas tem crescimento limitado, isto é, ao atingirem determinado tamanho, característico da espécie, elas param de crescer.


Partes da Folha





Uma folha geralmente possui quatro partes: limbo, pecíolo, estípula e bainha.
Folhas que possuem todas essas partes são denominadas folhas completas, mas há folhas em que uma ou mais partes poderão faltar. 

O limbo, é parte laminar da folha; o pecíolo, é pedúnculo que liga o limbo ao caule; a bainha é a expansão da base da folha, que geralmente enrola-se no caule; as estípulas são apêndices, em geral em números de dois, presentes na base da folha.





Exemplos de Estípulas



As Estípulas são estruturas em forma de escamas localizadas no caule de muitas plantas vasculares junto a bainha das folhas. É uma folha modificada.


Classificação das Folhas

Elas podem ser classificadas de diversas maneiras: de acordo com sua disposição no caule, a forma do limbo, a forma da borda etc.

Filotaxia: É o modo como as folhas estão arranjadas no caule. Existem três tipos básicos de filotaxia:
oposta, verticilada, e alternada.

Filotaxia é oposta quando existem duas folhas por nó, inserida em regiões opostas.

Verticilada é quando as folhas inserem-se em regiões ligeiramente deslocadas entre si, em nós sucessivos, descrevendo uma hélice, é chamada alternada.


Folhas Opostas





Folhas Verticiladas





Folhas Alternadas









Autor: Amabis e Martho Biologia dos Organismos Classificação, Estruturas e Função nos 
Seres Vivos.









Cica ou Palmeira sagu

Morfologia Externa da Flor


Morfologia Externa da Flor


 A flor é o órgão reprodutivo das plantas angiospermas. As flores que        apresentam  órgãos reprodutores de ambos os sexos são chamadas monóclinas ou hermafroditas). Já as que apresentam órgãos de apenas um dos sexos são chamadas díclinas.

As flores masculinas e femininas podem ocorrer nas mesma planta espécies  ( monóicas) ou em plantas diferentes( espécies dióicas)
ou em plantas diferentes ( espécies dióicas).


Verticilos Florais


Uma flor hermafrodita é geralmente constituída por quatro conjuntos de folhas modificadas, os verticilos florais, separados por curtos entre-nós. Os verticilos inserem-se em um ramo especializado, denominado receptáculo floral. Os quatro verticilos florais são o cálice, constituído pelas sépalas, a corola, constituída pelas pétalas, o androceu, constituído pelos estames, e o gineceu, constituído pelos carpelos. Uma flor completa, hermafrodita, apresenta sépalas, pétalas, estames e carpelos ( ovário).


Flor completa





Uma flor que apresenta os quatros verticilos florais, ou seja,  cálice, corola, androceu e gineceu é uma flor completa.

As sépalas são geralmente verde e lembram folhas. São as partes mais externas da flor e sua função é cobrir e proteger o botão floral antes de ele abrir-se. O conjunto de sépalas forma o cálice floral.

As pétalas são estruturas geralmente coloridas e delicadas e localizam-se internamente às sépalas. O conjunto de pétalas formam a corola. O conjunto formado pelos dois verticilos florais mais externos, o cálice e a corola, é denominado perianto ( em torno da flor).

Estames são folhas modificadas, onde formam-se os gametas masculinos da flor. O conjunto de estames formam-se o androceu ( masculino). Um estame geralmente apresenta uma parte alongada, o filete, e  uma parte terminal dilatada, a antera.

O interior da antera e geralmente dividido em quatro cavidades, dentro das quais formam-se  os grãos de pólen. 

Carpelos: são folhas modificadas, em que formam-se gametas feminino da flor. Um ou mais carpelos formam-se estruturas em forma de vaso, o pistilo. Ele apresenta uma região basal dilatada, o ovário, do qual parte um tubo, o estilete, que termina em uma região dilatada, o estigma. O conjunto de pistilo de uma flor constitui o gineceu ( parte feminina da flor)

O pistilo pode ser constituído por um, dois ou mais carpelos, dependendo do tipo da flor. Em geral, o número de câmaras internas que o  ovário apresenta corresponde ao número de  carpelos que fundiram-se para formá-lo. No interior do ovário formam-se um ou mais óvulos.



Estrutura de um estame




Estrutura de uma flor adulta






Os óvulos vegetais são estruturas complexas, constituídas por muitas células, Nisso, os óvulos vegetais diferem dos óvulos animais, que são estruturas unicelulares.

No interior de cada óvulo vegetal encontra-se uma célula especializada, a oosfera, que é gameta feminino propriamente dito.



Exemplos de flores quaresmeira




Brinco de princesa






Flor de Lírios






Amabis e Martho Biologia  2  Dos organismos Classificação, Estrutura e Função nos Seres Vivos

















sábado, 18 de julho de 2015

Morfologia Vegetal



Morfologia  Vegetal

  É o ramo da botânica que estuda  as formas e estruturas das plantas, sendo de grande importância em áreas tão diversas como a sistemática ou fisiologia. Também é considerada uma das disciplinas mais difíceis, até mesmo pelos próprios botânicos profissionais.
  Dentro da biologia, a botânica é uma das áreas de maior rejeição entre os alunos  e certamente, a morfologia vegetal é uma das maiores culpadas. Uma das prováveis explicações  para isso é que  as plantas são poucos compreendias, talvez por seus processos biológicos básicos ocorrerem em uma escala temporal tão dilatada que não somos capazes  de percebê-los.
Entretanto muito de tal rejeição deve-se à estranha terminologia usada para denominar formas e padrões, tão fortemente  impregnada  de helenismo e  latinismos. 
Ao contrário dos animais, as plantas não possuem partes exatamente correspondente as nossas, como
pernas e estômagos. Isso torna-se mais entusiasmada de descrever uma planta em um esforço de erudição. Por outro lado, as plantas exercem algum fascínio na maioria das pessoas, seja por suas propriedades alimentícias, medicinais ou mesmo pelo seu apelo estético. Simplesmente evitar tal terminologia somente tornaria a botânica inacessível ao estudante, bloqueando seu acesso ao conhecimento adequado de uma parcela significativa do mundo natural.


A aurora da Morfologia

Nomear partes de uma planta é uma tarefa recorrente e atemporal em toda e qualquer cultura humana,
principalmente pela necessidade de discriminar as partes usadas como remédios, alimentos etc.
Entretanto, o início da formulação da terminologia descritiva em plantas coube ao filósofo grego Teofrasto de Ereso ( 378-287 a. C ), discípulo de Aristóteles e comumente denominado pai da Botânica. A ele coube a primeira descrição completa de vários vegetais conhecidos na época, utilizando palavras comuns do vernáculo grego. Ocasionalmente cunhava novos termos. A origem do termo pericarpo ( tecido que compõe a parte do fruto) é um exemplo que remonta ao processo criativo de Teofrasto.

Grande parte da morfologia atualmente utilizada teve suas bases na Philosophia botanica de Linnaeus
(1751). Tal obra, escrita em um latim acessível, lançou as bases da morfologia moderna.
Apresentava-se na forma de organografia, tendo sida reeditada várias vezes. As estruturas descritas
( e muitas delas ilustradas) já eram apresentada divididas em partes vegetativas e reprodutivas, e ocasionalmente grupos taxonômicos onde tais estruturas poderiam ser encontradas eram citados.

Plantas Vasculares: São plantas que apresentam-se vasos condutores que levam água e sais minerais e outras substâncias para as partes do vegetal. Nas plantas vasculares exite um duplo sistema de condução de água e solutos que localizam-se no interior da planta. Esse sistema utiliza tecidos especializados que organizam-se em feixes condutores.
Está localizado em todos os órgãos das plantas e da sua contribuição fazem parte 2 tecidos:
Xilema e Floema.

Plantas Avasculares: Não apresentam-se tecidos condutores de seiva bruta, ao contrário das vasculares que apresentam. Exemplo: os musgos, xaxim.
São portanto organismos com estruturas e organização bem simples.


Plantas  Vasculares





Plantas  Avasculares







Morfologia  Vegetal  Organografia e Dicionário ilustrado  Morfologia de Plantas Vasculares


Autor:   Eduardo G.  Gonçalves    Harri   Lorenzi


 Morfologia é a descrição da forma de uma planta.

Fisiologia é o estudo das funções orgânicas de um vegetal.

Outros exemplos de plantas vasculares



Samambaias




As  Avencas


Morfologia externas das plantas angiospermas

Angiospermas ( São os vegetais mais desenvolvidos que existem, apresentam-se várias características que os diversifica para com os outros, são vegetais traqueófitos ( vascularizados), fanerógamos 
( possuem órgão reprodutor visível, flor) espermatófitos ( possuem sementes, além de esporos). desenvolvem-se tubo polínico importante para reprodução, desenvolvem-se um sistema de simbiose entre vegetal e animal para a reprodução ( polinização por pássaros, morcegos, insetos) apresentam-se frutos, isso torna-se a característica mais relevante para diferenciação vegetal das angiospermas.
Todas as plantas que apresentam flor e fruto são angiospermas.

Gimnospermas: São do  segundo filo mais desenvolvido dos vegetais. Foram os primeiros a apresentar polinização através de sacos aéreos e apresenta núcleo espermático.
Possuem características muito parecida com o das Angiospermas, porém só diferenciam-se no seu ciclo reprodutivo e são chamados de estróbilos. ( é um grupo que não depende da água para a reprodução, mas depende do vento.
As Gimnospermas são plantas mais rústicas, mas adaptadas a ambientes frios, sendo que sua polinização é adaptada para acontecer através do vento. Não produz frutos, apenas sementes nuas.

Angiospermas:São frutíferas, são as plantas mais recentes evolutivamente e tem grande número de espécies ( aproximadamente 230 mil). A polinização de suas flores ocorrem por diversos fatores, insetos, pássaros, vento, água.  É dividida em 2 grandes grupos: Mono e Dicotiledôneas, que diferenciam-se quanto ao números de cotilédones.



Organização geral de uma planta

O corpo da maioria das plantas angiospermas é dividido em duas partes principais, uma localizada no sub solo, constituída pelas raízes e outra aérea, constituída pelo caule, folhas, flores e frutos.
O caule, folha, fruto, flores por sua vez dependem da água e dos sais minerais absorvidos pelas raízes.




Raiz

As raízes foram muito importante na história evolutiva das plantas. Além de permitir a fixação ao solo, as raízes realizam a extração de água e sais minerais que são utilizados por todas as células do corpo vegetal.


Tipos de Raízes


Raízes Tuberosas, respiratórias ou pneumatóforos, tuberosas, aéreas, sugadoras

Raízes Tuberosas: Como as da mandioca e da batata-doce, armazenam reservas alimentares, principalmente na forma de grão de amido, utilizadas durante a floração e a produção de frutos pelas planta. Os agricultores colhem-se essas raízes antes que a planta tenha chance de consumir as reservas armazenadas, utilizando-as na alimentação humana e de animais domésticos.

Raízes respiratórias ou pneumatóforos: São adaptadas à realização de trocas gasosas com o ambiente.
Esse tipo de raiz é encontrado em plantas como a Avicena tomentosa




que vive no solo encharcado e pobre em gás oxigênio dos manguezais.




Raízes  Suportes

Também são chamadas de raízes-escoras, aumentam a base de fixação da planta ao solo. Algumas espécies de árvores possuem raízes tabulares, em forma  de pranchas verticais, que  aumentam a estabilidade da planta e fornecem maior superfície para respiração do sistema radicular.



Raízes  Tabulares


Raízes Aéreas


São características de plantas epífitas, isto é, que vivem sobre outras plantas sem parasitá-las.
Essas raízes podem atingir vários metros de comprimento antes de alcançar o solo, constituindo os cipós.





Raízes Sugadoras

São adaptadas à extração de alimentos de plantas hospedeiras, sendo características de plantas parasitas, como o cipó chumbo e a erva de passarinho. As raízes sugadoras possuem  um órgão de fixação chamado apreensório, do qual partem finas projeções denominadas haustórios. Eles penetram-se nas plantas hospedeira até atingir os vasos condutores de seiva, de onde extraem água e nutrientes de que a planta parasita necessita para sobreviver.



Cipó Chumbo






Erva  de  Passarinho





Amabis  e  Martho  Biologia dos Organismos  Volume  2