Fitopatologia e Perspectivas Históricas.
A fitopatologia é o estudo das causas das doenças de plantas, porque elas ocorrem e como controlá-las.
Os fitopatologistas estão interessados em populações de plantas doentes e não em plantas individuais doentes inclusive eu também tenho interesse nisso.
As doenças de plantas tem sido um enorme impacto na humanidade. Doenças como o ergotismo e a requeima da batata levaram milhares de pessoas à morte pois é pois é!
Doenças como a ferrugem do cafeeiro alteraram a forma como as pessoas comportam-se ou seus hábitos.
Doenças como a helmintosporiose do milho, requeima da castanheira e antracnose do corniso apareceram subitamente e causaram danos de milhões de dólares uma vez que o patógeno dessas doenças disseminou-se através de diversos hospedeiros.
As Plantas são a base da agricultura e da vida neste planeta. Sem elas não haveria nada com que se alimentar as criações de animais ou nós próprios.
Assim como como seres humanos e animais são salvos de doenças, e essas doenças podem ter consequências devastadoras nas populações de plantas.
A fitopatologia não é uma ciência pura, como a química, matemática, ou física, pois ela engloba outras ciências, como botânica, epidemiologia, genética, e biologia molecular, microbiologia, nematologia, virologia, bacteriologia, micologia, meteorologia, bioquímica, ciência do solo, horticultura, agronomia, e silvicultura, entre outras.
A fitopatologia compreende o estudo das causas das doenças de uma planta, como o patógeno ataca uma planta em nível de organização molecular, celular, de tecido de e de planta inteira, como os patógenos são disseminados, como o ambiente influencia o processo da doença e como manejar os fitopatógenos e, desse modo, reduzir o efeito da doença nas populações de plantas. Ao contrários dos médicos ou veterinários que enfatizam tratamentos de indivíduos , os fitopatologistas inclusive eu normalmente estão interessados em populações de plantas e não em indivíduos.
Uma planta de trigo individualmente tem pouco valor para um agricultor. Se ela morrer de uma doença, as plantas em cada lado dela irão crescer no seu espaço e o aumento de produtividade delas compensará a perda da planta doente. Entretanto, se a lavoura inteira
tornar-se doente ou lavouras em uma região for devastadas por doenças, as perdas econômicas serão enormes.
O que é doença? Uma doença deve-se a interações entre o hospedeiro e o ambiente.
Doenças são processos( alteram-se com o tempo).
Doenças são processos( alteram-se com o tempo).
A resposta hospedeira à doença é conhecida como sintomas.
A interação entre o hospedeiro, patógeno e o ambiente é conhecida como o ciclo da doença.
Um ciclo da doença é feito de uma sequência de eventos que incluem inoculações ,
penetrações, infecções, colonização, reprodução e disseminação.
Mancha olho-de-rã
Mancha olho-de-rã. Está sob controle no Brasil devido ao uso de culturas resistentes, mas foi a primeira doença epidêmica da cultura da soja no país, responsável por grande perda até o final da década de 80.
Sintomatologia: O patógeno causa lesões em folhas, hastes, vagens, e sementes. Os sintomas primários são pontuações de até 5 mm de diâmetro, com um centro castanho-claro e bordas amarronzadas na face axial das folhas. Pode haver a queda de tecidos no centro da lesão. Nas vagens, os sintomas observados são manchas circulares castanho-escuras. Desenvolvem-se nas hastes manchas com formatos elípticos ou alongados de coloração cinza com bordas castanho-avermelhadas. As sementes . apresentam tegumentos com rachaduras e manchas pardas acinzentadas de tamanho variável.
Epidemiologia: Ocorre em qualquer idade na planta, porém com maior frequência a partir do início da floração. Esta doença ocorre predominantemente em anos chuvosos e quentes, pois estas condições favorecem a produção de esporos. A sobrevivência do patógeno ocorre em restos culturais e a introdução em novas áreas ocorre através de sementes infectadas.
Controle: Com o manejo da doença recomenda-se principalmente o uso de cultivares resistentes. A fim de evitar a introdução do fungo ou de uma nova raça do patógeno em áreas onde ela não esteja presente, é indicado tratamento de sementes com fungicidas sistêmicos e o uso de diferentes variedades. A rotação de cultura é recomendada.
Doenças da soja
- Mancha olho-de-rã
- Mancha Parda ou Septoriose
- Mela ou Requeima da Soja.
- Míldio.
- Mofo Branco.
- Oídio.
- Podridão aquosa e negra da Base da Haste.
- Podridão Vermelha da Raiz ou Síndrome da Morte Súbita.
Sintomas comuns associados com a resposta da planta hospedeira à doença.
- Requeima: área extensiva das flores e folhas doentes.
- Podridão basal: Podridão da base do tronco.
- Nó: Intumescimento do tronco de uma árvore ou galho diferenciado em tecido vascular; contraste com galha.
- Cancro Uma área deprimida em um fruto, haste ou galhos, resultado de uma doença.
- Clorose: Cor verde-amarelada da folhagem devido à destruição ou perda de produção de clorofila.
- Declínio: Morte generalizada dos brotos.
- Enfraquecimento: Morte ocasional ou isolada ou galhos morrendo.
- Galhas: Intumescimento da área de tecidos não diferenciados ( tumor) causada por uma infecção. Galhas podem surgir de hipertrofia ( células alongadas) e/ou hiperplasia ( aumento na divisão celular). Contraste com nó.
- Mancha Foliar: Lesão da folha.
- Lesão: É uma mancha necrótica ( morte) ou clorótica que ocorre em todos os órgãos das plantas. A lesão da antracnose, lesão necrótica com borda avermelhada ou purpúrea.
- Mosaico: Padrão clorótico, manchas anelares e difusas nas folhas, pétalas ou frutos. Mosaicos são geralmente associados com infecções de vírus.
- Necrose: É o tecido morto.
- Podridão: É a parte da planta destruída pela doença. Podridão das raízes: raízes podres.
- Murcha: Perda do Turgor ( é a força exercida pela água contida em uma célula para fora contra a parede celular de uma planta. Esta pressão da a rigidez à planta e pode ajudar a manter ereta. Pode também resultar no rompimento de uma célula).
Fontes de Pesquisas:
Fitopatologia Conceitos e exercícios de Laboratório.
Robert N. Trigiano Mark T. Windham. Alan S. Windham.
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